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NOTICIAS SOBRE A MORTE DO REV. MOON
Sun Myung Moon, conhecido como reverendo Moon,
morreu neste domingo (2 de setembro de 2012) aos 92 anos. Moon nasceu na Coreia
do Norte e foi o fundador da Igreja da Unificação. De acordo com a agência de
notícias AP, Sun Myung Moon estava internado num hospital próximo á sua
residência, em Seul.
A Igreja da Unificação
foi fundada por Sun Myung Moon em 1954 na Coreia do Sul. Moon era presidente da
Federação das Famílias para a Unificação e Paz Mundial, conhecida no Brasil
como a Associação das Famílias. Ele deixa viúva sua segunda esposa e, ao todo,
dez filhos.
Segundo a agência AFP,
o movimento, famoso pelas cerimônias de casamento que reúnem milhares de
casais, afirma estar presente em quase 200 países e reivindica três milhões de
adeptos.
O
Segundo Messias
No site oficial da
Associação das Famílias está um texto contando a origem do fundador da Igreja
da Unificação. “Com a idade de 16 anos teve uma visão na qual Jesus lhe
apareceu, enquanto orava na montanha, numa manhã do domingo de Páscoa”,
descreve.
“Jesus explicou-lhe
que, originalmente Deus O tinha enviado para salvar todos os homens, mas que a
sua missão na Terra tinha ficado incompleta devido aos seus contemporâneos não
O terem recebido. De agora em diante era a ele, Sun Myung Moon, que incumbia
para completar a sua missão inacabada.
Milhares de fiéis compareceram nesta quinta-feira
ao principal templo da Igreja da Unificação na Coreia do Sul para se despedir
do reverendo Moon no primeiro dos sete dias de condolência à morte deste líder
religioso autoproclamado "messias", que morreu na última segunda aos
92 anos. Fiéis de todas as idades se reuniram para prestar suas últimas
homenagens ao líder religioso no Centro Mundial da Paz "Cheong Shim"
("mente pura", em coreano), o impressionante templo da seita que
possui capacidade de receber 50 mil pessoas e que se encontra sobre uma
montanha do condado sul-coreano de Gapyeong, a 60 km da capital Seul.
"Estou
muito triste porque o reverendo era como meu autêntico pai", afirmou à
agência EFE Bae
Heung-Won, integrante deste movimento neocristão que conta com mais de 3
milhões de adeptos em mais de 190 países e que considera Moon como um
"verdadeiro pai" da humanidade. Apesar da tristeza nos rostos dos
fiéis, não se escutavam prantos dentro do templo e, inclusive, em frente ao
altar onde encontrava o corpo do reverendo. Isso porque, a filosofia dos
"moonies", como são chamados os seguidores de Moon, recebem a morte
não como um motivo de tristeza, mas de alegria.
"No momento da morte, nosso
espírito deve se sentir mais alegre e emocionado que uma recém-casada quando
visita seu cônjuge pela primeira vez", dizia Moon, que também era
reconhecido pela realização de impressionantes casamentos coletivos. Com a
solene melodia Arirang - hino extra-oficial do povo coreano - como trilha
sonora da cerimônia, o filho mais novo do reverendo e líder da Igreja da
Unificação desde 2008, Hyung Jin Moon, coordenou o evento de hoje.
Assim
como seu pai, o jovem Moon, 32 anos, "possui uma especial liderança
espiritual e um dom para guiar as pessoas", assegurou à EFE o octogenário Bo Hi Pak, mão direita
do falecido reverendo e presidente da fundação cultural auspiciada pela Igreja
da Unificação. Pak revelou que o altar dedicado a Sun Myung Moon, que
permanecerá aberto até a próxima quinta-feira, receberá, além de fiéis,
curiosos e veículos da imprensa internacional, o presidente da Coreia do Sul,
Lee Myung-bak, e outras autoridades políticas e empresariais.
Concluído esse período de luto, no
dia 15 de setembro, será realizado o funeral do reverendo, que será enterrado
neste mesmo dia. Dois dias depois, a viúva de Moon, Hak Ja Han, "indicará
aos fiéis de todo o mundo as diretrizes que serão seguidas pela seita"
após a morte do "messias".
Segundo Pak, a Igreja da Unificação
não deve apresentar "grandes mudanças", já que "a morte de Moon
servirá para dar ainda mais inspiração e continuidade ao seu trabalho". Já
no âmbito econômico, Kook Jin Moon, quarto filho do líder religioso, seguirá à
frente do império econômico que a Igreja acumulou desde sua fundação em 1954
sob o conglomerado Tongil Group.
O grupo financeiro de Moon, que
abrange desde instituições educativas e veículos de comunicação até uma fábrica
de automóveis na Coreia do Norte, também é dono do Seongnam Ilhwa Chunma, o
time de futebol com mais títulos no Campeonato Sul-coreano e torcedores (muitos
deles fiéis).
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