____________________
ANAJURE e agências evangélicas emitem nota pública sobre a atuação
cristã de missões transculturais em terras indígenas brasileiras e os
obstáculos criados pelo Poder Público
Ressaltando a importância do trabalho realizado pelas
agências cristãs junto aos índios no Brasil, a Associação de Missões
Transculturais Brasileiras (AMTB) e o Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos
Indígenas (CONPLEI), com o apoio jurídico da Associação Nacional de Juristas
Evangélicos(ANAJURE), emitiram Nota Pública para falar sobre os impedimentos e
obstáculos levantados pelo Poder Público que relativizam os direitos
constitucionais de liberdade de religião e expressão de missionários e povos
indígenas.
O
documento traz ao conhecimento da sociedade o crescimento e
recrudescimento de políticas públicas e medidas administrativas de organismos
estatais que visam a impedir – sem motivos juridicamente aceitáveis para isso –
a presença de missionários cristãos entre os povos indígenas, e destaca que
através de fatos históricos comprovados em mais de 100 anos de relacionamento
com os povos indígenas a característica desta relação tem sido sempre em ajudar
social, econômica e politicamente os índios do nosso país.
Nesse
sentido, a nota destaca que os trabalhos das agências cristãs, desenvolvidos ao
longo de décadas, vão muito além de um mero evangelismo de natureza de
catequização, focando-se, assim, em saúde, educação, subsistência e preservação
lingüístico-cultural dos povos indígenas. Atualmente, há 257 programas sociais
entre as 182 etnias indígenas com presença missionária.
Nos
últimos anos, apesar do aumento de restrições à liberdade religiosa de índios e
missionários, as agências, sempre buscando o diálogo, tem adotado uma postura
meramente defensiva. Mas a partir de agora, com o apoio jurídico da ANAJURE, as
agências buscaram de modo mais contundente o resguardo dos seus direitos nos
meios políticos e jurídicos nacionais e internacionais, porque não se pode
descartar um trabalho sério de décadas de realização de benefícios aos
indígenas, simplesmente, por um entendimento ideológico dos grupos que
atualmente ocupam o Poder Público.
Para
o presidente da ANAJURE, Dr. Uziel Santana, “os canais de
diálogo devem permanecer abertos e da parte das agências missionárias sempre
assim o foi. Mas o fato é que, em geral, a atitude do do Governo e
da FUNAI é,
de certa forma, hostil e autoritária. Há flagrantes violações às liberdades
civis fundamentais dos indígenas – que, ressalte-se, desejam a presença das
missões – e dos missionários. Impedimentos ao livre exercício da liberdade
religiosa, da liberdade de expressão e ao desenvolvimento de programas sociais
históricos tem acontecido a todo momento, de modo que chegou a hora de
acionarmos as instâncias jurídicas do nosso país e de organismos internacionais
para buscarmos o resguardo dos nosso direitos e dos indígenas”.
Assinar:
Postagens (Atom)