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SBT QUESTIONA AVANÇO DAS IGREJAS EVANGÉLICAS NA TV



SBT questiona avanço das igrejas evangélicas na TV

Publicado em 15.09.2009

Na última segunda-feira (14), o diretor de rede do SBT, Guilherme Stoliar, foi a Brasília questionar ao governo sobre o avanço das igrejas, principalmente evangélicas, nas grades de programação das TVs. Segundo informou o colunista Daniel Castro, da Folha de S.Paulo, em reunião com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, Stoliar o questionou sobre a legalidade do arrendamento de espaços na televisão por igrejas.

Nos últimos anos, o SBT perdeu afiliadas para a Rede Record, controlada pela Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Neste ano, ficou sem sinal em Cuiabá, capital do Mato Grosso, após a parceira local da emissora paulista ter migrado para a Band, mediante parceria com a igreja que controla a Rede 21 (do Grupo Bandeirantes).

Em agosto, durante almoço com jornalistas, Stoliar ressaltou que "vender horário na TV, seja para igreja ou programa de vendas, é contra a lei". O executivo do SBT se baseou no decreto que regulamenta as operações de TV e rádio. O texto limita em 25% a cessão de espaços pelas emissoras. Na Record, por exemplo, só a Igreja Universal, em cinco horas diárias, ocupa 21% do total da programação.

O Ministério das Comunicações, Band e Record não quiseram comentar sobre o assunto. A Rede TV! disse não haver "impedimento legal" para a prática da venda de horários na programação.

FONTE: Portal Imprensa, 15/09/2009

ATLETAS DE CRISTO NÃO QUEREM SE CALAR




Publicado em 24.08.2009

Não é de hoje que os temas religião e futebol caminham juntos no Brasil. Tornou-se tradicional a oração no vestiário antes do início das partidas. Vários clubes de futebol têm capelas nas suas sedes. Muitos artilheiros comemoram gols apontando os dedos para o céu. E, quando um time sagra-se campeão, alguns jogadores exibem camisetas, faixas e outros adereços com mensagens religiosas.

A relação fé e futebol, entretanto, gerou uma situação constrangedora no final de junho, na decisão da Copa das Confederações, na África do Sul. A Fifa, que coíbe mensagens políticas ou religiosas durante as partidas dos torneios que organiza, mandou um alerta à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) porque os jogadores da seleção brasileira fizeram uma roda no centro do campo e rezaram após a vitória sobre os Estados Unidos.

No comunicado, a entidade máxima do futebol mundial pediu moderação nas manifestações religiosas durante as comemorações, mas não puniu ninguém, porque a oração ocorreu após o fim do jogo.

O professor André Gustavo Piragis, agente Fifa e coordenador do curso de pós-graduação em Gestão Esportiva da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), acredita que a Fifa vem se preocupando com essas manifestações no futebol em razão do acirramento de conflitos de fundo religioso e étnico em todo o mundo, especialmente no Oriente Médio. ''A ideia seria prevenir hostilidades e atos de violência'', argumenta Piragis.

''Embora a Fifa não se envolva em questões políticas, ela está atenta a tudo que está acontecendo no mundo, principalmente na questão social'', explica o professor.

Ex-jogadores e atletas na ativa entrevistados pela FOLHA se posicionaram contra a advertência da Fifa enviada à CBF. ''A gente não pode passar por cima da autoridade. Mas a Fifa fez uma determinação que foi cumprida, pois a oração dos jogadores da seleção aconteceu após a partida'', diz Carlos Eustáquio Caetano, o Carlão, ex-jogador (atuou no Atlético Mineiro, Coritiba e Grêmio, entre outros) e líder do grupo Atletas de Cristo em Curitiba - eles se reúnem uma vez por semana.

Carlão defende que as manifestações de fé no futebol não têm o objetivo de divulgar a religião e que deve haver liberdade de expressão. ''A Palavra nos ensina a glorificar Deus acima de tudo. Deus tem que participar também das coisas boas. Muitos jogadores pedem ajuda nos momentos difíceis, quando estão machucados, quando estão sem clube. É preciso agradecer nos bons momentos'', explica.

Alciney Wanderley de Miranda, também frequentador dos Atletas de Cristo e ex-jogador, argumenta que em outros países o futebol também se mistura com a fé. ''No Brasil, em todos os segmentos, muitas pessoas se converteram. E Deus tem observado a carreira desses atletas. Muitos viveram histórias tristes, deixaram para trás o vício, amparados na fé. Nos países árabes, muitos atletas muçulmanos manifestam sua crença. É algo normal'', diz Miranda.

O meia-atacante Marcelinho Paraíba, do Coritiba, acredita que devem ser permitidas manifestações religiosas no futebol. ''Acho que não tem nada a ver (a advertência da Fifa). É importante estar passando a Palavra, ela é sempre bem-vinda. Cada um tem sua religião e ela deve ser respeitada'', aponta o jogador, que é católico, assim como o atacante Marcos Aurélio, que tem opinião parecida.

''Religião, todo mundo tem a sua. É preciso haver respeito às diferenças. Não podemos esquecer Deus. No momento de fazer orações, o que pedimos é para fazer um bom jogo, para que ninguém se machuque, para que haja paz'', afirma o atacante.

FONTE: Folha de Londrina, 23/08/2009

FIFA repreende comemoração religiosa no Brasil



Fifa repreende comemoração religiosa do Brasil na África

Publicado em 02.07.2009

A comemoração do Brasil pelo título da Copa das Confederações, na África do Sul, e o comportamento dos jogadores após a vitória sobre os Estados Unidos causaram polêmica na Europa. A queixa é de que a seleção estaria usando o futebol como palco para a religião. A Fifa confirmou à Agência Estado que mandou um alerta à CBF pedindo moderação na atitude dos jogadores mais religiosos, mas indicou que por enquanto não puniria os atletas, já que a manifestação ocorreu após o apito final.

Ao final do jogo contra os EUA, os jogadores da seleção brasileira fizeram uma roda no centro do campo e rezaram. A Associação Dinamarquesa de Futebol é uma das que não estão satisfeitas com a Fifa e quer posição mais firme. Pede punições para evitar que isso volte a ocorrer.

Com centenas de jogadores africanos, vários países europeus temem que a falta de uma punição por parte da Fifa abra caminho para extremismos religiosos e que o comportamento dos brasileiros seja repetido por muçulmanos que estão em vários clubes da Europa. Tanto a Fifa quanto os europeus concordam que não querem que o futebol se transforme em um palco para disputas religiosas, um tema sensível em várias partes do mundo. Mas, por enquanto, a Fifa não ousa punir o Brasil.

"A religião não tem lugar no futebol", afirmou Jim Stjerne Hansen, diretor da Associação Dinamarquesa. Para ele, a oração promovida pelos brasileiros em campo foi "exagerada". "Misturar religião e esporte daquela maneira foi quase criar um evento religioso em si. Da mesma forma que não podemos deixar a política entrar no futebol, a religião também precisa ficar fora", disse o dirigente ao jornal Politiken, da Dinamarca. À Agência Estado, a entidade confirmou que espera que a Fifa tome "providências" e que busca apoio de outras associações.

As regras da Fifa de fato impedem mensagens políticas ou religiosas em campo. A entidade prevê punições em casos de descumprimento. Por enquanto, a Fifa não tomou nenhuma decisão e insiste que a manifestação religiosa apenas ocorreu após a partida. Essa não é a primeira vez que o tema causa polêmica. Ao fim da Copa do Mundo de 2002, a comemoração do pentacampeonato brasileiro foi repleta de mensagens religiosas.

A Fifa mostrou seu desagrado na época. Mas disse que não teria como impedir a equipe que acabara de se sagrar campeã do mundo de comemorar à sua maneira. A entidade diz que está "monitorando" a situação. E confirma que "alertou a CBF sobre os procedimentos relevantes sobre o assunto". A Fifa alega que, no caso da final da Copa das Confederações, o ato dos brasileiros de se reunir para rezar ocorreu só após o apito final. E as leis apenas falam da situação em jogo.

FONTE: Estadão, 01/07/2009

O BRASIL PRECISA DE PASTORES DE CARÁTER LIMPO




O Brasil precisa de pastores de caráter limpo
Samuel Costa da Silva

O caráter de um pastor define o seu ministério. Isso significa que um pastor cujo caráter é íntegro produzirá um ministério limpo, cheio de graça e de verdade, um ministério sem nebulosidades. Contudo, um pastor sem caráter, invariavelmente, produzirá um ministério fajuto, de mentirinha, caracterizado pela arrogância, vaidade, roubos (não só financeiros, mas de tempo e de vidas), adultérios e neuroses pessoais pretensamente anunciadas como revelações de Deus.

Não adianta um ministério aclamado pelos homens, mas reprovado por Deus. No final, o que conta mesmo é minha vida diante de Deus. Quando se trata de liderança pastoral há um trecho da palavra de Deus que muito me chama a atenção. É o texto de Mateus 7:21-23, que diz: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.”

O curioso nesse texto é que todas as realizações alegadas pelos que estão sendo reprovados no juízo final são funções associadas à liderança pastoral: profecias, expulsão de demônios, realização de milagres. Só líderes no reino de Deus realizam tais tarefas. O Senhor, entretanto, os reprova, pois o coração desses líderes não era limpo, seu testemunho era condenável, suas motivações mais íntimas eram mesquinhas e egoístas. Na verdade, esses líderes tomavam o nome de Deus em vão todas as vezes que realizavam milagres, profetizavam ou expeliam demônios, pois no dia-a-dia “praticavam a iniqüidade”, promoviam a si mesmos.

Jesus, no sermão do Monte, entre outras bem-aventuranças, declarou que são “bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mt. 5:8). Deus se importa muito com um coração limpo. Por essa razão, Jesus inclui os limpos de coração em suas bem-aventuranças.

O pastor precisa ter coração limpo se deseja servir a Deus com integridade e um testemunho pessoal aprovado. Davi escreve “Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente” (Salmo 24:3-4). Por isso, o líder da igreja, deve conservar o “mistério da fé com a consciência limpa” (I Tm. 3:9).

Manter um bom testemunho por ter um coração limpo não necessariamente fará do pastor um sucesso entre os homens. Pelo menos enquanto este pastor estiver vivo. Depois de morto é outra história. Não obstante, é o bom testemunho que fará desse líder um vitorioso diante do Seu Senhor, pois Deus sabe que o bom testemunho agrega as ovelhas, enobrece o reino de Deus, honra o nome do Senhor, não escandaliza os mais fracos na fé.

Portanto, cabe a cada líder pastoral avaliar diariamente como está o seu coração. Esse exercício devocional é imprescindível para ser bem sucedido no ministério da Palavra, pois somente os limpos de coração verão a Deus e, assim, serão considerados bem-aventurados.

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.institutojetro.com e comunicada sua utilização através do e-mail artigos@institutojetro.com.

O Suicídio do Pastor e o Cavalo de Tróia



O Suicídio do Pastor e o Cavalo de Tróia

Um comentário mordaz e irônico comum nos anos 80: dizia-se que no Brasil não havia necessidade de terremotos, nem vulcões, as catástrofes aqui vinham através dos ministros da área econômica. Uma alusão aos desastrosos pacotes que levou a nossa economia ao fundo do poço. Os anos 80 foram considerados a década perdida.

Santos tem tombado no campo missionário brasileiro e não é por causa de perseguição externa. Não existe nenhum local no Brasil onde é proibido evangelizar.

É verdade que ocorrem dificuldades em alcançar algumas tribos, por questões políticas e, ou conflito de percepções, com a FUNAI, e fatos isolados, residuais, que não merecem destaque algum em regiões como o sertão nordestino, um preconceito ali, outro aqui.

Por muitas décadas não se morre no Brasil por causa de perseguição clara ao evangelho, aliás, morreu-se pouco comparativamente a outras nações.

Como explicar os fatos abaixo relacionados?

Esposa de um pastor enforcou-se no sertão do Nordeste, o marido alegou tristeza profunda por causa da distância de casa (família) e falta de apoio, ausência de visitas e telefonemas ou mesmo e-mail.

No Nordeste jovem idealista enlouqueceu: Solteiro determinado a servir o Senhor com todas as suas forças. Contribuiu em várias igrejas locais, desde lavando banheiro, capinando mato, até pregando a palavra de casa em casa ou em praça pública, expondo o filme Jesus nas pequenas cidades e povoados do Sertão, ficou louco. Antes de surtar ele falava para alguns que não entendia os defeitos, o egoísmo, a agressividade e a cobiça dos líderes por dinheiro e posição. Ele desistiu de tentar entender entregou-se a insanidade. Hoje anda como um homem dos tempos de Jesus (afirma ele), vestido com panos, sem tomar banho e tendo a Estrutura das igrejas atuais e seus líderes como Agentes da Escuridão tentando confundir o povo de Deus.

Ainda no Nordeste, missionária, frustrada, por causa do casamento destruído toma veneno de rato. Os médicos não entendem como ela sobreviveu. Depois que ela voltou à ativa, no primeiro dia em que foi a igreja, o pastor da igreja, de forma fria e direta, a disciplinou por um ano, afastando-a de sua função (Motivo: pecou tentando suicídio). Depois do ocorrido o seu líder nunca lhe fez visita.

No sudeste senhora evangelista, ganhou centenas de vidas para Jesus, enlouquece e, depois de três anos enforca-se na cozinha de sua casa.

Jovem tenta suicídio, no Sul com veneno de rato, passa três dias na UTI e se recupera. Ela alegou tristeza profunda e solidão. Produzia de forma especial para Cristo à frente do louvor da igreja.

Centro Oeste - Brilhante pastor de uma grande cidade enforca-se. Homem de grande capacidade executiva para o reino de Deus foi responsável direta e indiretamente por milhares de vidas alcançadas pelo Evangelho. Entra em processo de depressão e, depois de alguns anos o suicídio. É sabido que a depressão é considerada uma doença e pode ser causada por problemas genéticos também.

Centenas de líderes no Brasil estão no campo tomando remédio controlado, antidepressivos, calmantes, psicotrópicos, dentre outros. Na maioria dos casos, sem problemas, antes da ida a missão.

Muitos deles já estão em hospitais psiquiátricos.

O campo é guerra, o apoio é pífio, é difícil encontrar-se ombro.

A minha constatação não é que as igrejas são omissas ou negligentes em sua grande maioria, mas que falta estrutura espiritual.

Mesmo que queiram exercer a incumbência de apoiar de forma plena os missionários. Não amam o suficiente, não entendem a carência de quem está no campo. A maioria dos responsáveis por missões e plantação de igrejas nunca teve uma experiência de campo, nem se quer de médio prazo. Não entendemos também a complexidade da psique, das emoções humanas e não pedimos ajuda.

Muitos estão decepcionados com a estrutura vigente no geral. Alguns mais maduros e humildes percebem que tanto eles (no campo) como os da base não têm a estrutura mínima para o avanço do Reino muito menos em enfrentar este obstáculo de cunho mental.

Conheço vários que querem regressar do campo e voltarem a ser comerciantes, bancários, comerciários, advogados...

Não estou falando de pessoas medrosas, negligentes, estou falando de apaixonados por Jesus que podem dar a vida por Ele; de estruturas frágeis que não apóiam como deveriam seus profetas, missionários e evangelistas.

Estou falando de uma tragédia, na qual temos perdido valores especiais, a maioria no auge da idade de produção para Cristo.

A nossa maior luta no Brasil não é externa, é interna. “Aceitamos o Cavalo de Tróia dado pelos gregos”. Não há necessidade de inimigos externos. Ele já adentrou as muralhas e está nos destruindo.

Pr. Pedro Luis b / prpedrro@gmail.com

O Mapa do Fracasso


Ricardo Gondim


Paul Krugman ganhou o Prêmio Nobel de Economia em 2008. Depois, passou a escrever para o jornal “The New York Times”. Em “A Desintegração Americana” (Editora Record), Krugman relata os caminhos que levaram uma economia próspera à bancarrota. A orelha do livro avisa que Krugman “examina como a exuberância cedeu lugar ao pessimismo, como a era dos heróis empreendedores foi substituída pela dos escândalos corporativos e como a responsabilidade fiscal entrou em colapso”. Publicado originalmente em 2003, parece um mapa para o fracasso que agora assombra o mundo inteiro.
O capítulo 1 começa com um texto de 29 de dezembro de 1997, que pergunta o que o mercado andava tramando. Busca saber como “homens e mulheres inteligentes -- e devem ser inteligentes, porque se não fossem, como ficariam ricos? -- podiam fazer tanta bobagem”. Krugman previu que o andar da carruagem da economia acabaria no barranco. E, ironicamente, sugeriu sete posturas para precipitar o mercado no despenhadeiro. Ei-las:

1. Pense a curto prazo. Não projete, não raciocine, para cinco anos. Descarte esse tipo de projeção como excessivamente acadêmica, portanto, desprezível no mundo dos negócios.

2. Seja ambicioso. Tenha como objetivo ganhar e ganhar. Não considere que existam limites para a subida de ações na bolsa. Tente abocanhar os mínimos percentuais das pequenas variações do mercado.

3. Acredite que existe sempre alguém mais tolo do que você. Despreze os outros. Há pouco tempo o mundo corporativo trabalhava com a lógica de que suas estratégias eram seguras porque “sempre haverá alguém suficientemente estúpido para só perceber o que está acontecendo quando for tarde demais”.

4. Acompanhe a manada. Não ouça as vozes discordantes. Pelo contrário, “as poucas e tímidas vozes antagônicas” precisam ser ridicularizadas e silenciadas.

5. Generalize sem limites. Crie preconceitos. Gere reputações. Condene ou louve instituições e pessoas por critérios difusos e subjetivos.

6. Siga a tendência. Procure ver o que está dando certo, copie acriticamente e espere que os resultados se repitam com você.

7. Jogue com o dinheiro dos outros. Preserve sua carreira e tente progredir com o capital alheio.
Os sete pontos de Krugman valem para qualquer outra atividade humana, inclusive a religiosa. Ao detalhar a rota do desastre, ele talvez não tenha atinado para sua pertinência entre os evangélicos. Nem todos os líderes são lobos predadores; muitos não passam de vítimas de um sistema perverso que conspira contra eles. Como cordeiros equivocados, caminham para um matadouro armado pelo sistema que a Bíblia chama de mundo.

Evangelismo a curto prazo compromete a próxima geração. Diversos pastores, ávidos por sucesso, agem como pescadores predatórios. Existem diversas maneiras de pescar: tarrafa, rede, anzol. Cada jeito produz diferentes resultados. Talvez o mais eficaz seja com dinamite: localiza-se o cardume, detona-se a bomba e logo boiarão milhares de peixes. O problema com esse tipo de pesca é que ela destrói o rio para a próxima geração. O barco fica cheio, mas o neto do pescador não conseguirá tirar seu sustento do rio. A sede de lotar o auditório pode transformar o pastor em um pragmático irresponsável, que repetirá: “Não é possível que esteja errado, crescemos como nenhuma outra igreja”. As patacoadas milagreiras, a repetição enfadonha de chavões, as bizarrices sobrenaturais que se observam em muitas igrejas não passam de dinamite que garante o barco repleto no próximo domingo, mas o rio religioso estará vazio no futuro.

Ambição não se restringe à esfera financeira. Alexandre, o Grande, Hitler e tantos outros falharam porque não souberam dizer “basta”. Cobiça existe inclusive entre os sacerdotes. A pretensão de alcançar o mundo, tornar-se o evangelista famoso que afeta uma geração é luciferiano na essência. Muitos pastores perderam a alma nesta busca.

Ao acreditar que só os ingênuos procuram os ambientes religiosos, eles desprezam os auditórios. Pastores repetem as mesmas ilustrações, narram histórias fantásticas inventadas como milagres e pregam sermões ralos. Porém, se permitem este desdém porque se acham mais espertos que os seus ouvintes. Mal sabem que, nas conversas em pizzarias, são ridicularizados pelos jovens.

Acompanhar a manada significa contentar-se com o “status quo”. A posição morna dos muristas que Deus vomitará de sua boca. O mimetismo religioso acontece porque muitos têm preguiça de perguntar a verdade que alicerça o que está sendo feito.Criam-se fronteiras para definir com precisão quem está dentro e quem está fora. Os que estão fora são tratados com desprezo. Preconceitos se formam para que não haja culpa quando for preciso apedrejar.

Ao seguir tendências, modismos passam a ser tratados como projetos que deram certo devido à aplicação de “princípios universais”. Indolentes, repetem o chavão: “Nada se perde, nada se cria, tudo se copia”. Da mesma maneira que os financistas que atolaram o mundo nesta crise, muitos sacerdotes não se dispõem a apostar seu capital nas muitas empreitadas em que se metem. Mobilizam o povo a pagar a conta de seu ufanismo desvairado.

O mundo corporativo e financeiro foi irresponsável por anos. Deflagrou uma crise econômica sem precedentes, queimou trilhões de dólares com socorro a bancos e colocou milhões de trabalhadores na rua, provocando mais miséria. Muitas igrejas seguem os mesmos passos, que talvez gerem um desastre igual ao do mercado financeiro.

Soli Deo Gloria.